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Videogames gera violência?

Um dos primeiros mitos em relação ao uso de videogames surgiu há muitos anos, quando pais e avós diziam que jogar videogame estragava a televisão e a visão, tornando assim o tempo deles em frente ao televisor, jogando, limitado.

Com o passar dos anos e a melhoria na qualidade dos jogos e videogames cada vez mais crianças e adolescentes recorriam a este tipo de realidade virtual – completando missões, dirigindo carros legais, prendendo os bad guys e lutando contra os chefões. Além disso, tornou-se claro que jogar não estragaria nada. Porém, segundo alguns psicólogos, o videogame e sua violência constante poderiam acarretar em motivações ou provocações de violência derivadas dos jogos e personagens.

De certa forma, desde o início, a arte (televisão, cinema) modela a violência para os espectadores e o videogame consegue ir além já que os jogadores precisam controlar seus personagens – o que não quer dizer que farão o mesmo na vida real. A violência entre jovens não é causada em decorrência do uso dos videogames e sim de outros problemas sociais que são mais fáceis ignorar.

Em um teste sobre sensibilidade, pode-se perceber uma maior resistência a cenas violentas de pessoas que jogam videogame há algum tempo, enquanto quem não está “acostumado” com cenas fortes se surpreendem mais. Através deste teste foi dito que a brutalidade digital rouba a sensibilidade humana natural comum em relação a eventos violentos, o que não quer dizer que o fato de alguém ser violento na vida real seja assim por conta do videogame.

Infelizmente, essa discussão vem sendo trabalhada há alguns anos e contribuiu para gerar preconceito em relação aos jogos eletrônicos, porém, como tudo tem um lado bom, a partir deste preconceito surgiram os sistemas de classificação etária para os jogos – que tem por objetivo separar seu público alvo mas que não quer dizer que será cumprido.

De fato, até hoje, quando há alguma tragédia violenta envolvendo uma criança ou adolescente, o videogame é normalmente apontado como um dos vilões. Mas, pensando bem, será que os videogames têm este poder de influenciar o comportamento destes jovens a ponto de provocar um comportamento de violência extrema? Ou são apenas um divertimento em si?

Com todas estas questões em mente e a partir da experiência pessoal de cada um, precisamos lembrar que o videogame é nada mais do que uma expressão cultural (sempre em crescimento e desenvolvimento) assim como filmes, produções teatrais, música, novelas, etc.

Importante lembrar também que enquanto existem pais que proíbem seus filhos de jogar o que consideram violento, ao mesmo tempo permitem que assistam programas de televisão, novelas ou filmes com conteúdo impróprio.

Então fica o questionamento:

O videogame é capaz de tornar alguém violento? Ou é mesmo apenas uma forma de entretenimento que não tem relação nenhuma com atos violentos gerados por jogadores?

Ao meu ver, videogame serve para você se divertir, aprender coisas novas (inclusive uma língua nova), descobrir enigmas, resolver problemas, aliviar o estresse e se perder no conteúdo criado por seus produtores e roteiristas.

 

Tradutora, professora, virginiana, cinéfila e geek.